(por Cristóvão Duarte Sousa)
Festeja-se em algumas terras, por estes dias, o mártir São Sebastião. É o caso da nossa actual terra, a vila de Verride, da qual São Sebastião é padroeiro.
São Sebastião era soldado romano, mas recusou perseguir os cristãos, desobedecendo assim ao imperador. Sebastião era querido do imperador e podia ter sido talvez um grande oficial do exército, mas escolheu
obedecer antes a Deus do que aos homens. Isso valeu-lhe o martírio, não uma, mas duas vezes! Primeiro foi executado com flechas, mas tendo sobrevivido miraculosamente e recuperado, foi posteriormente espancado até à morte.
Olhando para o exemplo destes santos, de outros tempos, mas também e sobretudo os dos nossos dias, pergunto-me o que faria eu se me visse numa situação em que a afirmação da minha esperança em Jesus pudesse ser causa da minha morte. Depressa me apercebo que não preciso de tanto: basta perguntar-me o que faço eu num grupo de amigo ou colegas quando o tema da religião, temas sobre a defesa da vida, ou o mal dizer da Igreja vem à conversa.
Sou eu capaz de afirmar a minha fé? De aceitar as "flechas" dum possível escárnio? Ou preocupo-me eu com as minhas máscaras, com o "status", e calo-me?
Mais: tenho eu a caridade de falar e ser testemunho do nosso Deus vivo para os meus irmãos? Nunca esquecendo que também eu fui em tempos um ignorante, e que se conheci a Sua Palavra foi pela boca e testemunho de outros, e nada por mérito meu.
Roguemos a São Sebastião que nos ensine a nós e às nossas famílias a coragem de aceitar com amor as flechas que nos sejam atiradas por sermos de Cristo, pois
o servo não é mais que o seu senhor (Jo 15, 20)
Peçamos a São Sebastião que os nossos padres obedeçam a Deus e não aos homens, dizendo o que eles precisam de ouvir e não aquilo que eles querem ouvir.
E que São Sebastião, que sofreu o martírio duas vezes sem medo da morte, nos auxilie na nossa:
HINO A SÃO SEBASTIÃO
Sebastião Santo
De Jesus Querido
Valha-me sempre
O vosso patrocínio
Sebastião Santo
Dai-me alegria
Para que em paz acabe
A milícia da vida
Valei-me Sebastião Santo
Na Final Agonia
Com Jesus me assisti
No último dia
Levai a minha alma
Na despedida
A onde eu possa louvar
A Jesus e Maria
(da pagela de São Sebastião, Verride)
Parabéns pelo post, Cristóvão. Uma belíssima meditação, e tão bem escrita! Fez-me pensar na forma como recebo as setas que me dirigem. Quem me dera ter a coragem deste grande santo! Bem-hajas. Teresa
ResponderEliminarÉ realmente uma questão que nos dá que pensar enquanto cristãos, quantas vezes nos tentamos desviar dessas setas... quantas vezes depois de as deixarmos acertar em cheio caímos na tentação de pensar "devia era ter estado calada"... ainda na semana passada num comentário de cariz católico defendendo as palavras do Papa relativamente ao planeamento familiar que fiz num blogue "ateu" de jornalistas o senti...quando fui ler as respostas até me doeu a alma! Mas não faz mal, nessa noite rezei por todos aqueles que me insultaram!
ResponderEliminarObrigada pela partilha
Olívia