quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Ter filhos

A minha mãe diz que eu quando era pequena dizia que queria ser mãe, penso que deve ser o desejo de todas as meninas pequeninas... Lembro-me de imaginar a cuidar do meu bebé com todos os passinhos, como vejo agora as minhas filhas fazê-lo com tanto empenho.


Há medida que fui crescendo, afastada de Deus, e com toda a vivência que experienciei, não queria casar, mas queria ter filhos. Lembro-me de pensar que um dia iria adoptar uma criança e viver com ela, um marido não fazia parte dos meus planos. Há medida que me fui aproximando de Deus, e me fui apercebendo que Ele reservara mais projectos para mim do que os que eu julgava, comecei a amar e a desejar ter uma família.

Ao conhecer o Cristóvão, comecei a desejar casar e ter filhos. Contudo, a minha menstruação sempre foi irregular, nunca foi contínua e muito menos certa. Toda a minha adolescencia ouvi dizer que era da má circulação do sangue. Até que aos 20 anos decidi ir a uma ginecologista. O meu primeiro contacto com este tipo de medicina foi estranho, não me sentia muito confortável, mas eu queria saber o porquê de não ser igual às outras raparigas da minha idade. Depois de variados exames, a Drª Etelvina disse-me que teria que fazer um tratamento hormonal e que ao fim de dois anos a situação se resolveria naturalmente, mas ao fim de 2 anos, tudo estava igual. A menstruação não vinha a tempo e horas, voltei à médica e ela disse-me com todas as letras, que iria ser difícil engravidar, para me mentalizar, pois tinha os ovários poliquísticos que por vezes não ovulavam.

Tinha na altura 22 anos e para mim foi difícil, ouvir aquelas palavras, pois destruíram o meu sonho de sentir um ser crescer dentro de mim, de amamentar... Como é que ia dar ao meu namorado, esta notícia? Como será que iria reagir? Com fé em Deus, começámos a rezar por esta intenção e juntos preparámo-nos também para não ser pais biológico, falámos também em adoptar crianças.

Aos 25 anos casámos, eu sempre tomei pilula, pois infelizmente era e é o único tratamento que os médicos indicam para estes casos, embora nos sintamos desgostosos com esta opção. Nos primeiros meses de casados, decidimos juntos que não iria tomar pilula, que iria tentar regular-me naturalmente, embora soubesse que falhava, queríamos tentar método natural. Três meses depois, a menstruação não vinha, corri de médico em médico e foi na maternidade que me disseram que devido ao meu problema teria que tomar pilula. A gravidez estava fora de questão, e voltei a tomar pilula. Mas quando parei de tomar continuava sem vir menstruação, até que desconfiámos e a boa noticia tinha chegado.

 Estava grávida!
Tinhamos muito medo de falhar como pais, de não ser capaz de tratar bem de um bébé, tinhamos todos os receios que os pais têm, mas a felicidade era muita, não queríamos acreditar que era verdade...mas era mesmo! O poder da oração era mais forte que os tratamentos médicos. A madalena  foi  a nossa primeira benção.



Foi sempre uma criança calma, criativa, cuidadosa e muito alegre. Dois anos depois, Deus surpreendeu-nos com uma segunda gravidez que já havia sido tentada várias vezes, mas sem sucesso. Chegou a Leonor, uma bebé mais reguila e engraçada.


Dois anos depois, após umas férias maravilhosas, descobrimos que Deus queria nos presentear com mais uma benção. Estava à espera de mais um bebé, apesar de nem toda a gente concordar com a nossa opção, foi uma alegria imensa ser mãe novamente. Esperámos nove meses, sempre com grande entusiamo.

A Alice, que veio alegrar ainda mais as nossas vidas, é uma bebé que vive em festa, a sua vida é rodeada de alegria e agitação, o silêncio incomoda-a desde que estava no meu ventre.




















Como tenho dito, noutros post, Deus guia a nossa vida. Por mais que queiramos determinadas coisas ou que pensemos que é em vão outras situações. É Deus que decide o melhor para nós e a Providência Divina acontece naturalmente. Embora tenha tirado um curso, embora quisesse ser uma mulher com sucesso profissional. Deus tem designado para mim, ser mãe. Que curiosamente era o que desejava em criança. E a verdade é que amo ser mãe a tempo inteiro. Não se nota?



5 comentários:

  1. Que boa partilha Cláudia! Eu também passei pela mesma situação, com 17 anos os médicos falavam que eu também teria muita dificuldade em ficar grávida um dia. Nunca tomei nada e não dei muito peso na altura. Graças a Deus, depois de conhecer o Serge não foram precisas muitas tentativas :-) para Deus nada é impossível! Beijinhos

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  2. A propósito da Maternidade, adorei o teu post Sónia... eu passo por isso, parece que estava a rever-me nas tuas palavras... pré-adolescência aos 4 anos :)
    Obrigada pela partilha...não consegui comentar no teu blog

    http://apontamentosdosnossosdias.blogspot.pt/2015/01/antes-de-sermos-maes.html

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  3. Nota-se sim!!!!
    Que bela família vocês são e que graça (x3) tão grande tiveram !
    Que Deus vos dê sempre força e coragem!
    Beijinhos

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  4. Ser mãe é o melhor do mundo.... quanto á medicina, nem sempre funciona...

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